sexta-feira, 28 de março de 2008

28/03/2008 – Porto da Barra

Quando chegamos no Porto da Barra o céu estava nublado e a impressão era de que a água estava congelando, porém a temperatura estava ótima, nem quente e muito menos fria ... a água no raso é que não estava muito limpa, apresentava bastante suspensão comum no final da vazante, mas a visibilidade não estava ruim o suficiente para atrapalhar o nosso objetivo que era o de fazer alguns fototransectos para um trabalho que visa avaliar a cobertura de Porifera (esponjas) na praia do Porto da Barra.

Ficamos uma hora dentro d’água, tempo o suficiente para dois transectos e um Rover Diver Census de 45 minutos. No rover foram registradas 39 espécies de peixes, entre eles um belíssimo exemplar de crisurus (Microspathodon chrysurus) (Foto 2) ... além dos peixes observamos também algumas lulas (Sepioteuthis sepioidea) (Foto 3) e muitos outros animais. Segue também uma foto de uma colônia de tunicados provavelmente da família Didemnidae (Foto 4).

Estava comigo neste mergulho o Billy.


sexta-feira, 21 de março de 2008

21/03/2008 – Barra do Pote (Vera Cruz)


A intenção era cair atrás do recife das Pinaúnas, em uma piscina natural em frente a localidade de Barra do Pote (Vera Cruz). Ainda na praia percebemos que a água não estava muito limpa, mas como a esperança é a ultima que morre nós entramos na água e resolvemos ir até o recife, no caminho sandálias soltavam as tiras, um par de óculos resolveu fugir para o mar, os nossos pés se machucavam a cada passo ... bom, depois dos percalços chegamos ao recife ... a água estava pior que caldo-de-cana, mas mesmo assim colocamos as máscaras e tentamos enxergar algo ... não dava para ver nada, nem mesmo a nós mesmos ... resolvemos voltar, só que desta vez equipado (nadadeiras, mascara e snorkel) para não machucar mais os pés e quem sabe ver algo ... só após um tempo nadando, após o canal em direção à praia que conseguíamos ver algo ... no fundo a água apresentava um pouco menos de suspensão (bem pouco a menos), porém só consegui ver um peixe, foi uma donzelinha (Stegastes variabilis).

Estava comigo nesta tentativa de mergulho a Naty.


domingo, 9 de março de 2008

09/03/2008 - Gamboa do Morro (Ilha de Tinharé)

Chegamos na Gamboa do Morro (Ilha de Tinharé) ja mais que 16:00h ... e decidimos por cair logo na água, pois ainda precisavamos retornar ainda hoje para Valença e eu para Salvador ... a intenção era procurar algum cavalo-marinho (Hippocampus spp.) ... passei o mergulho todo procurando esses peixes, mas nada ... vimos peixes-morcego (Ogcocephalus vespertilio), um parunha (Pomacanthus paru) (parú do tamnaho de uma unha), alguns robalinhos (Centropomus sp.), aranhas-do-mar (Stenorhynchus seticornis), camarões-palhaço (Stenopus hispidus), mas nada de cavalo-marinho ... até que, quando decidimos começar a sair da água para não perdermos o barco vi uma fêmea amarela, grande, de cavalo-marinho (Hippocampus reidi) no fundo ... infelizmente este foi um mergulho curto ... mas foi bom ver que estes animais ainda podem ser encontrados por lá.

A água etsava bem clara (incomum para o lugar) e a maré bem alta ...

Estava comigo neste mergulho a Naty.

09/03/2008 - Caitá (Morro de São Paulo)

Chegamos na terceira praia no final da manhã ... a maré estava muito seca mas a água estava incrivelmente clara ... caimos no lado esquerdo da praia, mais próximo da segunda praia efomos nadando em direção a ilha do Caitá ... a água estava transparente ...

Logo quando ja estavamos chegando nos recifes encontramos um ser estranho, transparente, com diversos tentaculos que se retraiam ao menos toque ao longo de todo o corpo que alias se movia por contrações ... depois em casa descobri que se tratava de um Cnidário da Ordem Siphonophora ... nos recifes vimos vários peixes, budiões (Sparisoma spp.), barbeiros (Acanthurus spp.), budiõezinhos (Halichoeres peyi), pinhanhas (Halichoeres brasiliensis), moréias-pintadas (Gymnothorax miliaris), Thalassoma noronhanum, parús (Pomacanthus paru), borboletas (Chaetodon striatus) e muitos outros ...

Outro momento único deste mergulho foi quando uma viuvinha (Anous sp.) pouso perto a nós na água e ficou ali descansando, a Naty (Fotos 1, 2 e 8) chegou bem próximo do bicho ...

Ficamos algumas horas por lá, mas saimos pois mais tarde teriamos que ir mergulhar ainda em outro lugar .

Estava comigo dentro d'água a Naty.



segunda-feira, 3 de março de 2008

03/03/2008 - Farol da Barra (Maraldi, Germania e Bretagne)

O tempo não era garantia, ao chegar no Farol muitas ondas e água aprentemente suja, mas resolvemos cair na água ... qual não foi nossa surpresa quando logo após entrar na água e ela começou a limpar, e as ondas diminuiram ... caimos pelo costão e decidimos nadar até o naufrágio do Maraldi onde a água estava bem mais limpa que no raso ... observamos alguns Haemulidae, Chromis sp., barbeiros (Acanthurus spp.), borboletas (Chaetodon striatus) e os milhares de Pempheres schomburgki (Foto 1) que se abrigavam na caldeira do naufrágio ... após alguns minutos sobre o Maraldi, e devido a água estar tão tranquila nadamos então mais para fora e chegamos nos destroços dos navios Bretagne e Germania (Foto 2), ficamos um tempinho por la e retornamos para águas mais abrigadas, passando um pouco pelo Maraldi ... observamos umas mutucas (Myrichthys spp.) e no caminho uma estrela-do-mar (Linckia guildingii) (Foto 3).

Caímos na água por volta das 11:30h e só saímos às 15:00h ...

Estava na água comigo a Naty.





sábado, 1 de março de 2008

01/03/2008 – Recife do Navio (Porto Seguro)

Precisava ainda terminar os transectos e fazer o RDC no recife do Navio, troquei meu cilindro, dei um tempinho na superficie e voltei para a água, ao caie na água um cardume de carangídeo não identificado passou por mim e logo atrás como se viessem fechando o cardume vinham 6 sororocas (Scomberomorus regalis), infelizmente os peixes passaram muito rápido e eu nem havia ligado minha máquina ainda, fiqui sem essas fotos ...
Durante os censos observei parús (Pomacanthus paru) (Foto 1), alguns crisurus (Mycrospathodon crisurus) (Foto 2) entre os corais de fogo (Millepora sp.) ou entre as fendas do recife, um cardume de herbívors também passou por mim (Foto 3) com alguns cirurgiões (Acanthurus chirurgus), alguns barbeiros (Acanthurus bahanus) e alguns budiões (Sparisoma axillare), alguns ariscos frades (Pomacanthus arcuatus) (Foto 4), alguns vermelhis-rabo-aberto (Ocyrurus crysurus) (Foto 5) e muitos outros peixes.
O mergulho não foi longo, mas foi cansativo devido às fortes correntezas que surgiram do nada e de repente, sem avisar.
Estava comigo neste mergulho o Saulo Spanó.

01/03/2008 – Naufrágio do Castor (Porto Seguro)

Hoje o nosso destino é na direção sul ... o vento soprava nordeste, baixo, deixando o mar mais liso tornando a navegação em direção ao sul mais confortável ... chegando no lugar o pau de carga do naufrágio do Castor (Foto 1) ainda fora d’água impressiona, nele milhares de trinta-réis (Sterna sp.) e alguns atobás-pardos (Sula leucogaster) descansam ou quem sabe até vigiam o navio que jaz ali no fundo do mar ...
Descemos do lado do pau de carga e chegamos a um dos porões do navio onde vi um enorme ponto de penetração, porém a turbidez da água não me encorajou em uma penetrada no naufrágio (eu nem mesmo estava munido de equipamentos adequados para tal aventura, mas que fiquei na vontade eu fiquei ...), seguimos então por boreste até a popa onde uma enorme hélice (Foto 2) ainda pode ser vista presa ao eixo (surpreendente e como diria Bizón o marinheiro: medonha), passamos para o bombordo e subimos para a popa do navio onde partes do casario ainda podiam ser visitadas, fiz inclusive uma penetração (não agüentei) em um salão que levava de um lado ao outro do casario ... desci mais uma vez o porão abaixo do pau de carga e segui em direção à proa e no caminho, passando pelos porões era possível ver parte da sua carga que era formada por muitos e enormes tubos, foi possível constatar também que os bordos do navio nestes porões já haviam a muito tempo colabados ... dois enormes mastros também podem ser observados caídos sobre o naufrágio (Foto 3), um deles ainda na diagonal e na proa o ponto exato onde ele ficou preso nos recifes ... além dos já relatado foi possível observar o leme, a chaminé caída a bombordo da popa, cabeços de amarração e buracos no casco onde um dia já teve uma escotilha.
Dentre os peixes dois badeos (Mycterperca bonaci), um pequeno, com no máximo 30 cm de comprimento residindo na popa e um bem maior com seus 8 kg ou mais em um dos porões do navio, muitos parús (Pomacanthus paru) (Foto 4) e frades (Pomacanthus arcuatus) também habitam o naufrágio além de barbeiros (Acanthurus baianus, A. chirurgus e A. coeruleous), budiões (Sparisoma axillare), marias-pretas (Stegastes fuscus), rufus (Bodianus rufus), cardumes de Chloroscombrus chrysurus (Foto 5) e de peixes-galo (Selene vomer) (Fotos 5 e 6) também foram vistos a meia água entre o casario e o pau de carga e nas cavidades naturais ou não ao longo da proa do naufrágio diversos gramas (Gramma brasiliensis) (Foto 7) ... dentre os invertebrados os que mais se destacam são as gorgônias e os octocorais Carijoa sp., enormes e ao longo de todo o casco.
Como este foi um mergulho para conhecer o naufrágio, logo após realizar este objetivo me dirigi ao recife adjacente para fazer alguns transectos.
No recife observei uma Maria-preta (S. fuscus) apresentando uma coloração atípica, como se estivesse desbotado, aparentando algum processo alérgico, não sei ... (Foto 8).

Estava comigo em baixo d’água o Saulo Spanó.