A muito tempo eu não mergulhava no naufrágio do galeão Santíssimo Sacramento, um naufrágio antigo, do século XVII, uma nau capitânea de aproximadamente 50m de comprimento quer jaz hoje em frente ao boêmio bairro do Rio Vernelho (Salvador, BA), a 36m de profundidade.
Como o casco do galeão era de madeira, e também devido ao avançado da idade do naufrágio, a estrutura externa da nau não é observada no mergulho, parte está soterrada e parte já se degradou, porém no local exato do naufrágio existe um amontoado de pedras que antes serviam de lastro para a embarcação e por sobre estas pedras e espalhado ao redor delas, alguns canhões e âncoras.
Mergulhar neste naufrágio é para mim especial, pois este é o único ponto da costa soteropolitana onde eu já observei algumas espécies de peixes, não que estes não ocorram em outros sítios, mas é engraçado que estes, eu pelo menos, na costa soteropolitana, só os vi aqui (apesar de já ter visto fotografias e relatos da ocorrência em outros pontos de mergulho), são eles: Equetus lanceolatus, Budianus pulchellus, Halichoeres dimidiatus, Ptereleotris randalli, Serranus baldwini, Centropyge aurantonotus, Chaetodon ocellatus e C.sedentarius ... destes, apenas o S.baldwini eu vi recentemente um exemplar no interior da baía de Todos os Santos, todas as outras vezes que vi este peixinho e outros dos que citei, no litoral baiano, quando não foi no Sacramento, foi em outras localidades, como Morro de São Paulo, Camamú, Porto Seguro e Abrolhos.
Bom, desde ontem à noite, sabendo que hoje iria mergulhar no Sacramento, preparei a câmera, me certifiquei que havia carregado a bateria e que esta estava no talo (full), formatei o cartão de memória após passar as fotos do último mergulho para o computador, etc., a fim de evitar qualquer imprevisto, pois até hoje, desde os meus primeiros mergulhos por lá munido com uma câmera (inicialmente com uma reflex Nikonos IV de filme), nunca consegui fazer uma foto que prestasse de nenhum destes peixes, neste naufrágio ... especialmente na época das fotos em papel, já perdi a conta de quantas fotos borradas/desfocadas do E.lanceolatus eu já fiz ...
Falando sobre o mergulho de hoje, saímos do Porto da Barra às 9:40h a bordo do Necton Sub, a praia estava lotada de gente, quase não conseguimos embarcar ... a água não aprarentava estar limpa, a quantidade de suspensão era visível fora d’água. O Jomar inclusive se lembrou da Léia dizendo: “É, a água hoje não está gatinha não!” ... de qualquer forma decidimos arriscar e zarpamos em direção ao naufrágio.
Ao sair da baía, passando por trás do Farol da Barra observamos que ondas estavam quebrando sobre o banco de Santo Antônio, um banco de areia imenso que está localizado na saída da BTS, sugerindo mais uma vez que não pegaríamos água limpa nos mergulhos de hoje, porém ao passarmos à zona de influência do banco de Santo Antônio, quando diminuíram as ondas e rumamos um pouco mais para o leste, a água aparentava estar um pouco mais limpa.
Caímos na água às 10:35h e como todos os mergulhadores que faziam parte do grupo já possuíam alguma experiência logo estávamos descendo sem perder tempo na superfície, fui o último do grupo a descer e fiquei surpreso ao perceber que a água estava com uns 10 a 15m de visibilidade vertical quando ainda aos 20m já estava vendo o fundo arenoso, algumas esponjas e pedras.
Chegamos ao fundo arenoso, mas foi só nadar mais uns 5m e chegamos ao naufrágio, logo em frente a um dos canhões onde vi pela primeira vez uma lagosta-vermelha-de-recife (Enoplometopus antellensis), um animal belíssimo, porém arisco e a única foto que onsegui fazer foi do animal já se escondendo em baixo das pedras de lastro do galeão.
Bom, desde ontem à noite, sabendo que hoje iria mergulhar no Sacramento, preparei a câmera, me certifiquei que havia carregado a bateria e que esta estava no talo (full), formatei o cartão de memória após passar as fotos do último mergulho para o computador, etc., a fim de evitar qualquer imprevisto, pois até hoje, desde os meus primeiros mergulhos por lá munido com uma câmera (inicialmente com uma reflex Nikonos IV de filme), nunca consegui fazer uma foto que prestasse de nenhum destes peixes, neste naufrágio ... especialmente na época das fotos em papel, já perdi a conta de quantas fotos borradas/desfocadas do E.lanceolatus eu já fiz ...
Falando sobre o mergulho de hoje, saímos do Porto da Barra às 9:40h a bordo do Necton Sub, a praia estava lotada de gente, quase não conseguimos embarcar ... a água não aprarentava estar limpa, a quantidade de suspensão era visível fora d’água. O Jomar inclusive se lembrou da Léia dizendo: “É, a água hoje não está gatinha não!” ... de qualquer forma decidimos arriscar e zarpamos em direção ao naufrágio.
Ao sair da baía, passando por trás do Farol da Barra observamos que ondas estavam quebrando sobre o banco de Santo Antônio, um banco de areia imenso que está localizado na saída da BTS, sugerindo mais uma vez que não pegaríamos água limpa nos mergulhos de hoje, porém ao passarmos à zona de influência do banco de Santo Antônio, quando diminuíram as ondas e rumamos um pouco mais para o leste, a água aparentava estar um pouco mais limpa.
Caímos na água às 10:35h e como todos os mergulhadores que faziam parte do grupo já possuíam alguma experiência logo estávamos descendo sem perder tempo na superfície, fui o último do grupo a descer e fiquei surpreso ao perceber que a água estava com uns 10 a 15m de visibilidade vertical quando ainda aos 20m já estava vendo o fundo arenoso, algumas esponjas e pedras.
Chegamos ao fundo arenoso, mas foi só nadar mais uns 5m e chegamos ao naufrágio, logo em frente a um dos canhões onde vi pela primeira vez uma lagosta-vermelha-de-recife (Enoplometopus antellensis), um animal belíssimo, porém arisco e a única foto que onsegui fazer foi do animal já se escondendo em baixo das pedras de lastro do galeão.
Lagosta-vermelha-de-recife (Enoplometopus antellensis) se escondendo entre as pedras de lasto do naufrágio do Galeão Santíssimo Sacramento
Outro animal que vi logo ao me aproximar do naufrágio foi um tricolor (Holacanthus tricolor), um peixe que a muito tempo não via na costa de Salvador e antes era relativamente comum de se observar no Porto da Barra, Marco Polo e Yacht Clube, dentre outros pontos costeiros de Salvador, como me preocupei primeiro em fotografar a lagosta, as fotos do tricolor já foram feitas quando ele seguia o seu caminho para longe de nós mergulhadores.
Dos peixes que queria tanto ver neste mergulho, hoje eu não vi nenhum, os peixes que observei hoje foram: enormes cardumes de pescadinhas-de-pedra (Odontoscyon dentex) e fogueirinhas (Myripristis jacobus) que mesmo à luz do dia se mantinham confiantes fora das tocas e por vezes se aproximavam dos mergulhadores, vi também alguns sargentinhos (Abudefduf saxatilis), alguns cardumes de recrutas de cromis (Chromys multilineata) (não vi exemplares adultos desta epécie neste naufrágio hoje), barbeiros (Acanthurus bahianus e A.chirurgus), inclusive um A.bahianus sendo limpor por alguns recrutas de talassoma (Thalassoma noronhanum) (também não foram observados adultos desta espécie), rufus (Bodianus rufus), marias-nagô (Pareques acuminatus), um mangangá ou peixe-pedra (Scorpaena plumieri), borboletas (Chaetodon striatus), biquara (Haemulon plumieri), taoca (Acanthostracyon polygonia), amborés-vidro (Coryphopterus glaucofraenum), budião-batata (Sparisoma axillare), trilhas (Pseudupeneus maculatus), jaguaraçá (Holocentrus adscensionis), pinhanha (Halichoeres brasiliensis), jabús (Cephalopholis fulva) e alguns porquinhos (Cantherhines pullus).
O naufrágio também apresentou colônias de corais de diversas espécies, como Porites sp., Montastrea cavernosa, Siderastrea stellatta, e outras, além do coral solitário Scolymia welsii (cálice-esmeralda), e de muitas esponjas, algumas enormes.
O mergulho durou 15 minutos e então subimos até os 5m sem referência de cabo, mas com o auxilio do Decomark de Jomar, ficamos cumprindo nossa parada de segurança e enquanto o trmpo passava me lembrei de uma certa feita quando durante a parada dois bijupirás (Rachycentron canadum) nos acompanharam por todo o tempo, nadando ao nosso redor. Mas não foi desta vez que esta história se repetiu, às 11:02h já estávamos na superfície da água subindo no Necton Sub.
O naufrágio também apresentou colônias de corais de diversas espécies, como Porites sp., Montastrea cavernosa, Siderastrea stellatta, e outras, além do coral solitário Scolymia welsii (cálice-esmeralda), e de muitas esponjas, algumas enormes.
O mergulho durou 15 minutos e então subimos até os 5m sem referência de cabo, mas com o auxilio do Decomark de Jomar, ficamos cumprindo nossa parada de segurança e enquanto o trmpo passava me lembrei de uma certa feita quando durante a parada dois bijupirás (Rachycentron canadum) nos acompanharam por todo o tempo, nadando ao nosso redor. Mas não foi desta vez que esta história se repetiu, às 11:02h já estávamos na superfície da água subindo no Necton Sub.
Estavam comigo neste mergulho o Gian, o Jomar, o Wil, o Pablo e outros mergulhadores os quais não me recordo o nome.
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