sábado, 4 de abril de 2009

04/04/2009 – Araripe Norte (Porto Seguro)


Saímos de Coroa Vermelha pouco antes das 9:00h, o tempo não estava muito bonito, choveu e ventou toda a noite, na estrada entre Porto Seguro e Coroa Vermelha nós vimos duas fragatas (Fregata magnificens) sobrevoando terra firme, fato que costuma acontecer quando em alto mar o tempo está feio, então esta ave em vem para o continente para se proteger, na maioria das vezes as avistagens destas estão associadas à chegada de fortes ventos ... pescadores do baixo sul e sul do estado da Bahia o conhecem por garapiá ou garapiá-de-leste ... voltando ao mar, foi uma hora e meia de navegação com vento de popa ajudando muito, chegando lá observamos um grupo misto de trinta-reis (Sterna sp.) e viuvinhas (Anous sp.) pescando em frente ao recife.

Bom, devido ao mau tempo, imaginávamos encontrar uma água suja, com bastante sedimento, porém a sorte não nos abandonou e encontramos uma água com pelo menos cinco metros de visibilidade ... a minha função neste mergulho é a de executar um Rover Diver Census (RDC), um método de amostragem (censo) não destrutivo que tem como finalidade além de listar as espécies observadas apontar a abundância simples destas espécies de acordo com uma escala em quatro categorias: Solitário, Alguns, Muitos, Abundantes.

Neste mergulho registrei 29 espécies, sendo a maria-preta (Stegastes fuscus) a mais abundante, seguida pelos barrigudinhos (Pempheres schomburgki), outra espécie com um número razoável de representantes foi o budiãozinho (Halichoeres poeyi).

Além dos peixes e dos invertebrados de costume observei neste mergulho uma belíssima planária.

O mergulho durou exatamente os 30 minutos do RDC mais os dois minutos para descer e dois para subir (34 min), a profundidade no topo do recife era de cerca de 3 m e no substrado do fundo de 12 m.

Estavam comigo em baixo d’água o Saulo Spanó, o Camilo e o Miguel Loiola.

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