
Após 1:45h de navegação chegamos ao recife e fomos recepcionados por um grupo enorme de tronta-réis (Sterna SP.) que em alvoroço mergulhavam sobre um cardume de peixes, me equipei e logo caí na água que devia estar com uns 15 m de visibilidade, nadei até onde as aves estavam mergulhando para tentar fazer umas imagens subaquáticas dos seus mergulhos, mas o cardume se movia e com ele as aves e eles já se distanciavam muito do local do mergulho e apesar da visibilidade excelente a correnteza estava muito forte.
Desci então e fui até o substrato não consolidado (arenolodoso) antes do recife e nadei em direção a sua base, lá em baixo a força da correnteza era menor ... logo de cara encontrei uma enorme colônia do coral Agaricia sp. com uma maria-preta (Stegastes fuscus) (Figura 4) de vigia ... e fiquei surpreso com o tamanho do “prato”, depois mais uma colônia, outra e de repente lá estava a parede do recife e suas colônias de Agaricia sp., de Montastrea cavernosa, Mussismilia hartii, Mussismilia híspida, Mussismilia brasiliensis, Porites sp., Sideratrea sp. e talvez ate algum que não me lembre agora, e no topo, além destas, enormes colônias de Millepora spp., muitas gorgônias (Foto 3) e outros octocorais, além de uma multidão de crinóides e alguns ouriços-rei (Diadema antillarum).
Dentre as muitas espécies de peixes, o primeiro a ser observado ainda antes de me aproximar do recife foi uma taoca (Acanthostracion quadricornis) ... já no recife um destaque para a presença de um cardume de barbeiros (Acanthurtus spp.) que estavam acompanhados de pelo menos 3 budiões-azuis (Scarus trispinosus) (Foto 2) com pelo menos 5kg o menor deles e que pareciam não conhecer o ser humano, eles ignoravam a minha presença e se permitiam aproximar a menos de 2 m de distância enquanto saciavam sua fome nas algas do local ... filhotes de budião-azul medindo cerca de 7 cm eram foram observados em diversas ocasiões durante este mergulho que durou cerca de uma hora e ainda me permitiu observar grandes ciliares (Holocanthus ciliaris), alguns parús (Pomacanthus paru) enormes que se aproximavam curiosos a poucos centímetros de mim (Foto 1), alguns frades (Pomacanthus arcuatus) também grandes, jabús (Cephalopholis fulva) também com mais de 30 cm de comprimento, além das ja citadas marias-pretas (Stegastes fuscus), donzelinhas (Stegastes variabilis), crisurus (Microspathodon chrysurus), sargentinhos (Abudefduf saxatilis), haemulon aurolineatum, Haemulon plumieri, Salemas (Anisotremus virginicus), Anisotremus surinamensis, Anisotremus moricandi, budiõezinhos (Halichoeres poeyi e H. brasiliensis), rufus (Bodianus rufus), borboletas (Chaetodon striatus), budiões batata (Sparisoma axillare e S. frondosum), uma garoupinha (Epinephelus adscensionis) e muitos outros.
Estava comigo dentro d’água o Saulo Panó.
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